O QUE RESTA EM 2023! - 04/11/2023 07:28

Contra o Cruzeiro, Inter abre "sequência perigosa" para evitar riscos no Brasileirão

No primeiro turno, time somou quatro pontos contra os adversários que restam
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Eduardo Coudet precisa retomar o ânimo da equipe. Ricardo Duarte, Inter / Divulgação

Teve uma frase de Eduardo Coudet que chamou a atenção após o empate do Inter com o América-MG, em casa, na quarta-feira. Na entrevista coletiva, ao comentar sobre o mau desempenho da equipe, lembrou da decepção da eliminação e falou uma frase exageradamente verdadeira. A falta de perspectiva tirou o ânimo dos jogadores.

— Terminar o ano fazendo apenas os pontos necessários é uma m..., ainda estando nesse clube. Está acostumado a brigar por coisas grandes — disse.

Só que falta tempo demais para o Inter entrar em uma espécie de "férias" antecipadas. Restam, ainda, sete partidas do Brasileirão, 21 pontos em disputa. E, no mínimo, a equipe precisa conquistar seis para evitar o pior pesadelo para qualquer torcedor. A distância para o Z-4, após as partidas frustrantes contra Coritiba e América-MG, reduziu. Para piorar, há uma informação preocupante: contra os próximos adversários, o Colorado somou apenas quatro pontos no primeiro turno. Não ganhou de nenhum deles.

O Inter empatou com Cruzeiro, Palmeiras, Bragantino e Corinthians. Desses, três foram em casa (só contra o Bragantino foi fora). Perdeu para Fluminense, Cuiabá e Botafogo. Diante de Cruzeiro, Fluminense e Palmeiras, o técnico era ainda Mano Menezes.

Repetir esse desempenho, na projeção atual, resultaria em 67% de chances de rebaixamento, segundo o Departamento de Matemática da UFMG. Após 31 rodadas, o cálculo mais tranquilo indica 45 pontos como suficientes para nem correr risco. A partir de 44, as chances são maiores de permanência do que de queda. Historicamente a necessidade de pontuação baixa com o passar dos dias, mas isso só pode ser levado em conta mais à frente.

O alento é que há uma folga em pontos e em adversários que separam o Inter do Z-4. São cinco pontos e três times de distância para o Vasco, atual 17º colocado. O problema é que o Cruzeiro, por exemplo, é oponente direto na luta. Uma vitória dos mineiros fará a equipe de Zé Ricardo ultrapassar a de Coudet, reduzindo o número de times que o afastam da degola.

O reencontro com Zé Ricardo, aliás, tem o mesmo ar de melancolia de quando ele treinou o Inter, em 2019, em um mandato-tampão enquanto os colorados aguardavam por Eduardo Coudet. O time apenas sobreviveu após a perda da final da Copa do Brasil para o Athletico-PR. Àquela altura, porém, tinha pontuação bem mais alta, que levou para a fase preliminar da Libertadores de 2020 mesmo com uma óbvia queda de rendimento depois de setembro.

O Inter tenta sair desse buraco enfrentando um adversário difícil, contra o qual só venceu duas vezes no Mineirão, ambas nos tempos de Enio Andrade, em 1987 (na prorrogação) e em 1979. As recordações de desempenhos recentes contra Grêmio, Vasco e, principalmente Santos, são o combustível para tentar retomar as vitórias.

O final do ano também pode valer, no mínimo, R$ 9,5 milhões para os cofres. A premiação que a CBF oferece para os participantes do Brasileirão varia de acordo com o resultado final. Se o Inter terminar em 10º por exemplo (melhor posição que pode acabar a rodada), receberá R$ 24,7 milhões. Encerrando em 16º (a última que recebe algum dinheiro), terá R$ 15,2 milhões.

— Sabemos da responsabilidade que temos, de terminar o ano bem. Temos potencial dentro do nosso grupo e da nossa comissão técnica para retomar o caminho dos bons resultados e é o que faremos. Já fizemos isso dentro da própria temporada, e é o que buscaremos já no jogo de domingo diante do Cruzeiro — resumiu o vice de futebol, Felipe Becker.

Para evitar uma crise ainda maior e ter um final de ano mais tranquilo, sobreviver ao Mineirão será fundamental.


Fonte: Gaúcha ZH
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